domingo, 28 de setembro de 2008

Saiba mais de Itabira



Fazenda do Pontal





A Fazenda do Pontal foi inaugurada em 31 de outubro de 2004 pela Prefeitura de Itabira e Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA).
Antiga Fazenda dos Doze Vinténs ou Fazenda dos Doze, pertenceu a Carlos de Paula Andrade, pai de Carlos Drummond de Andrade. Era nesse local que Drummond costumava passar as férias escolares. O local inspirou o poema Infância, pertencente ao Museu de Território Caminhos Drummondianos.
A Fazenda do Pontal conta hoje com espaços para recepção, sala de exposição, auditório com capacidade para 100 pessoas e espaço para a montagem de café temático.
História da Fazenda - Demolida pela Companhia Vale do Rio Doce, na década de 70, para a construção da barragem de rejeito de minério, a Fazenda foi reconstituída no bairro Campestre. Foi utilizado parte do material original guardado por três décadas - janelas, portas, parte do assoalho e do forro. Seguindo um projeto de reconstituição que teve acompanhamento do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), o imóvel tem pilares e vigas de estrutura metálica, além de parte do madeirame original. Algumas interferências modernas (elevador e rampa para portadores de necessidades especiais) foram necessárias, até mesmo por não se tratar de uma obra de restauração.
Localização: Rua Maria Julieta, s/nº. Campestre. Itabira.

sábado, 27 de setembro de 2008

Músicas e danças que fazem parte da cultura de Itabira


Orquestra Jovem de violões

A idéia da Orquestra Jovem de Violões surgiu com o jovem Paulo Henrique Pinto Coelho Rodrigues Alves, em 2003, quando ele foi estudar Música na Universidade Federal de Ouro Preto. Nessa cidade havia uma Orquestra Didática de Violões da UFOP e maravilhado com a iniciativa da universidade o músico Paulo Henrique, mais conhecido como Pity, resolveu montar uma orquestra em sua terra natal.

Foi então, que em novembro de 2006, através da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, Pity selecionou os primeiros alunos que já sabiam tocar o instrumento. Alguns já sabiam ler um pouco de partitura, outros não. Atualmente, a Orquestra Jovem de Violões conta com 20 integrantes entre 13 e 22 anos e a intenção de Pity é montar uma turma paralela para ensinar os alunos que poderão se tornar futuros integrantes da Orquestra.

Mais do que simplesmente ser uma Orquestra de Violões o principal objetivo desse projeto é ser um ponto de integração do ser humano, independente de condições sócio-econômicas.

Tumbaitá e Danças Folclóricas

Danças Folclóricas

As Danças Folclóricas ou Populares são o retrato da alegria, da fé e da

expressividade natural de um povo. Diferentemente das músicas massivas impostas pela mídia à toda população e que gera uma cultura passageira e sem expressão, as músicas do folclore brasileiro passam de geração para geração.

Em Itabira, essas representações são muito fortes pelos grupos de Congado e por um grupo folclórico de destaque: o Tumbaitá.

Tumbaitá

Criado em 1996, pela Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade, o Grupo Folclórico Tumbaitá tem como objetivos preservar e difundir a manifestação cultural de base, em seus aspectos folclóricos e criativos, através do estudo da dança e das músicas tradicionais, no município de Itabira e região. São também pesquisadas outras manifestações populares que contribuem para um maior suporte e autenticidade às danças e cânticos mineiros.

A palavra tumbaitá, de origem indígena e africana, quer dizer “toque na pedra”, um sinal utilizado por esses povos como forma de comunicação sensível na busca da aproximação dos deuses com a natureza.

O som contagiante dos tambores, o jeito leve e brejeiro de dançar com cadência, ao som da sanfona e dos instrumentos de corda e percussão, geram um incrível clima de emoção, euforia e sensibilidade nas apresentações.

Com seus 32 integrantes, o Tumbaitá se firma a cada dia pelas constantes apresentações, nas ruas e nos palcos, como forma de espetáculo folclórico. Isso incrementa as relações comunitárias e o fortalecimento de seus valores, difundindo e fixando a identidade cultural de cada integrante com as suas comunidades.

O seu repertório reúne a convergência das culturas européia, indígena e africana, e demonstra os traços mais marcantes dos povos que construíram e constróem a história de nosso país.

O Grupo Folclórico Tumbaitá tem divulgado e pesquisado a cultura brasileira através da dança. Por onde passa encanta os espectadores com a beleza dos figurinos e adereços, realçados por suas coreografias.

Coreografias Tumbaitá:

Congada: A Congada representa o marco da cultura mineira e homenageia Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, protetores dos pobres e dos negros. Nela há a presença da Corte Conga, representados pelo rei, rainha e princesa. No festejo, com o toque dos tambores, os participantes dançam com bastões e vestimentas coloridas, dando cor e movimento a essa bela celebração.

Batuque de Viola ou Catira: Dança de sapateado realizada por homens e mulheres tendo uma característica interessante: o homem, através do sapateado, conquista a mulher do outro. Dança alegre que impressiona pela técnica dos dançarinos.

Vilão de Facas: Dança pesquisada nas cidades de Itajubá, Itapecerica, Oliveira e Dores do Indaiá. É apresentada, geralmente, em festejos religiosos em homenagem a São Sebastião, São Jorge, Divino Espírito Santo, São Benedito e Nossa Senhora do Rosário.

Historicamente, o Vilão de Facas representa a guerra entre mouros e cristãos. São movimentos realizados somente por homens que usam facões verdadeiros. Nas batidas dos metais os cristãos tentam preservar a fé entre os fiéis. Já os mouros, por sua vez, tentam espalhar o paganismo entre a comunidade cristã.

Dança de grande beleza plástica e sonora, devido às faíscas e aos sons criados pelo choque dos facões.

Dança do Carneiro: Manifestação popular que se caracteriza como Folia do Carneiro. Nessa dança o homem conquista a mulher através das amarras do carneiro durante a época de acasalamento deste.

Caiapó: A folia se apresenta em festejos alegres da cidade e em festas religiosas. Inspirada nas guerras entre tribos indígenas conta, através da dança, que a causa do confronto partiu da necessidade do nascimento de uma menina índia (a bugrinha), para trazer sorte e fartura à comunidade. Só uma das tribos foi presenteada pelo seu nascimento. A outra, sentindo-se ameaçada, rouba a criança, dando início ao conflito. A indumentária é confeccionada com palhas, penas e máscaras, criando um grande espetáculo de cores.

Dança de São Gonçalo: O culto de São Gonçalo no Brasil tem vários nomes como: Romaria de São Gonçalo, Voltas a São Gonçalo, Terço de São Gonçalo, Dança de São Gonçalo, Reza de São Gonçalo, Festa de São Gonçalo, Trocado para São Gonçalo e Roda de São Gonçalo.

A festa se dá sobre o seguinte acontecimento. Uma pessoa faz uma promessa e em agradecimento à graça alcançada convida amigos, vizinhos, parentes e violeiros, para realizar a dança. A dança sempre acontece com um altar armado para o santo.

Dança do Arcos: Os movimentos são realizados somente por mulheres. Nessa dança, diferentemente da dança de São Gonçalo, comemora-se o dia de Santo Antônio (santo casamenteiro).

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Algumas informações legais sobre Patrimônio...

Patrimônio Imaterial
A Unesco define como Patrimônio Cultural Imaterial "as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas - junto com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural."
O Patrimônio Imaterial é transmitido de geração em geração e constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história, gerando um sentimento de identidade e continuidade, contribuindo assim para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana.
Bens Registrados como Patrimônio Imaterial:
1. Ofício das Paneleiras de Goiabeiras
2. Kusiwa – Linguagem e Arte Gráfica Wajãpi
3. Círio de Nossa Senhora de Nazaré
4. Samba de Roda do Recôncavo Baiano
5. Modo de Fazer Viola – de - Cocho
6. Ofício das Baianas de Acarajé
7. Jongo no Sudeste
8. Cachoeira de Iauaretê – Lugar sagrado dos povos indígenas dos Rios Uaupés e Papuri
9. Feira de Caruaru
10. Frevo
11. Tambor de Crioula do Maranhão
12. Samba do Rio de Janeiro
13. Modo artesanal de fazer queijo de Minas
14. Capoeira

Patrimônio Material:
O patrimônio material protegido pelo IPHAN, com base em legislações específicas é composto por um conjunto de bens culturais classificados segundo sua natureza nos quatro Livros do Tombo: arqueológico, paisagístico e etnográfico; histórico; belas artes; e das artes aplicadas. Eles estão divididos em bens imóveis como os núcleos urbanos, sítios arqueológicos e paisagísticos e bens individuais; e móveis como coleções arqueológicas, acervos museológicos, documentais, bibliográficos, arquivísticos, videográficos, fotográficos e cinematográficos.
Os bens culturais materiais tombados podem ser acessados por meio do Arquivo Central do IPHAN, que é o setor responsável pela abertura, guarda e acesso aos processos de tombamento, de entorno e de saída de obras de artes do país. O Arquivo também emite certidões para efeito de prova e inscreve os bens nos Livros do Tombo.
Para acessar a lista de bens tombados pelo IPHAN acesse:
http://www.iphan.gov.br/ans/inicial.htm

Pesquisas

Olá Turma,

o blog pode ser um bom instrumento para dividirmos pesquisas e gerarmos debates. Coloquem aqui o andamento de suas pesquisas ou mesmo algumas idéias ainda embrionárias. Achei bacana o andamento da pesquisa em Itabira, acompanhem a pesquisa dos nossos pares, elas podem nos dar idéias.

estamos em contato diariamente aqui.

não existem fronteiras na arte!!

abração,
Gustavo Jardim

Itabira-mineração-pesquisa

Paisagem vista da janela do Museu de Itabira

'De 1850 a 1880 o número de quilômetros cobertos por vias férreas passa de 38 mil para 367 mil no mundo inteiro, abarcando a Europa, interligando as costas oeste e leste dos Estados Unidos, atravessando a China e a Índia, além de chegar aos países da América latina e alguns países da África, como Egito e África do Sul."
trecho de: O Mundo Globalizado;BARBOSA, Alexandre de Freitas.

Foi depois da revolução industrial que a demanda do desenvolvimento econômico aumentou.
Em Minas ou melhor em Itabira o desenvolvimento "surgui" graças a descoberta e a exploração do minério de ferro, no pico do Cauê. No começo essa exploração era precária: com a fundição do ferro faziam ferramentas para uso doméstico, para uso na fazenda, para consumo na cidade e região. Com a chegada da primeira companhia de exploração, as condições não mudaram radicalmente, pois, faltava qualificação, além de faltarem materiais necessários para a exploração desse minério.
Exploração do minério de ferro no pico do Cauê


" Um dia de Julho, no almoço, a cida
de foi invadida por uma fila de caminhões . Era a CVRD, era o progresso que chegava." (Depoimento de um ex funcionário da CVRD.)

A forma de exploração mudou com o passar do tempo. Os mecanísmos de trabalho ficaram bem mais qualificados, as vias ferréas tiveram uma condição apropriada, e as locomotivas atenderam uma demanda muito maior.
(Ainda hoje existe uma parte da locomotiva, que foi uma das primeiras a transportar o minério de ferro de Itabira para o 'mundo'. ) Há em Itabira o Museu de Ferro, que contém os produtos feitos apartir deste mineral como: o ferro de passar roupa, as ferramentas que os fazendeiros usavam no dia a dia, os utensílios de cozinha e muito mais.
Neste museu há registros das forjas, das pessoas que participaram direta ou indiretamente neste processo de fundição do ferro.

Os carros, aviões, aparelhos celulares além das modernidades do mercado consumidor que não para de crescer, tem em comum...o minério de ferro. É, essas belezas para chegarem ao nosso alcançe, elas precisam ser produzidas. Mas sabemos também que para essa produção , um lugar teve que perder a sua característica, perder sua originalidade, além de perder a fauna e a flora que constituía esse belo cenário natural.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

pesquisa Itabira-Igreja












A igreja Nossa Senhora do Rosário, foi construída no século XVIII. É o marco inicial da cidadezinha do interior(Itabira), diferenciada pela singular característica rococó.



Tem um cemitério na parte externa da igreja, onde foram sepultados os negros escravos ou alforriados pertencentes a irmandade de Nossa Senhora do Rosário.



No interior da igreja há presença de pinturas no teto e na capela-mor, seu piso é de campas.



Está pintura no teto mostra a virgem entregando um rosário ao um frade negro.



A igreja é tombada pelo patrimônio histórico e faz parte do Museu de Territórios Caminhos Drummondianos( locais com poemas de Drummond colocados em pontos estratégicos da cidade, que referem-se a eles ao alguém que deixou a sua marca lá). Só para está igreja o poeta fez três poemas: Os Gloriosos, Pintura de Forro, e Cemitério do Rosário.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Festival Audiovisual "Imagens da Cultura Popular"

ABERTAS INSCRIÇÕES PARA FESTIVAL NACIONAL COM FOCO NA CULTURA POPULAR

Até o dia 26 de setembro a ONG Favela é Isso Aí, sediada em Belo Horizonte, recebe inscrições para o Festival audiovisual “Imagens da Cultura Popular”, patrocinado pela Vivo, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais.
O festival receberá curtas metragens produzidos em todo o Brasil e pretende divulgar a cultura das diversas periferias brasileiras e apoiar jovens realizadores que tenham vilas, favelas e espaços populares como foco.
Entre outros, um dos objetivos do Festival é desenvolver uma reflexão sobre a diversidade cultural das periferias brasileiras, na esteira das diversas manifestações que vem se multiplicando por todo o país, de valorização dessa cultura.
Para se inscrever o candidato deve preencher a ficha disponível no site http://www.favelaeissoai.com.br/
O proponente deve acrescentar currículo, sinopse do filme, descrição técnica e foto de divulgação do filme. Uma vez efetuada a inscrição on-line, o candidato tem até dez dias para entregar o vídeo (em DVD ou mini-DV) e a ficha de inscrição impressa. A entrega deve ser feita na sede da ONG pessoalmente ou via correio. O endereço é rua Níquel, nº11, CEP 30.220-280, BH/MG


FESTIVAL NACIONAL IMAGENS DA CULTURA POPULAR
INSCRIÇOES: ATÉ 15 DE SETEMBRO
INFORMAÇOES E REGULAMENTO: http://www.favelaeissoai.com.br/
CONTATOS: imagens@favelaeissoai.com.br ou pelos fones (31) 3282-3816

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Projeto Cine Aberto Cidades Digitais: Bem vindos!


Foi lançado no dia 13/08 em Belo Horizonte o projeto Cine Aberto Cidades Digitais. A cerimônia de abertura aconteceu no Museu Histórico Abílio Barreto e contou com a presença de Marcos Barreto - VIVO, Benedito Tadeu - IPHAN, Thaís Pimentel – Museu Histórico Abílio Barreto, César Piva – Fábrica do Futuro, Daniel Queiroz – Diretoria de Audiovisual – Sec. Estadual de Cultura MG, Helder Quiroga - CONTATO. Além da abertura do projeto, os participantes tiveram uma aula inaugural sobre o tema: Patrimônio e Tecnologias, ministrada por Carlos Henrique Falci (PUC Minas) e Célia Corsino (Museu de Artes e Ofícios - BH)

Participam do projeto jovens de 06 cidades mineiras: Belo Horizonte, Diamantina, Ouro Preto, Cataguases, Tiradentes e Itabira. Durante três dias, os jovens participantes estiveram reunidos em torno de uma intensa programação direcionada ao processo de criação audiovisual, sendo apresentados aos mecanismos de pesquisa e a linha de atuação do projeto, com oficinas, debates e palestras.

A próxima etapa do projeto é a Residência Criativa de Cataguases, que acontece de 06 a 10 de Outubro. Até lá os jovens realizarão pesquisas em suas cidades com o propósito de construir os argumentos das narrativas, que começam a ser filmadas no fim de outubro.